Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Seropédica, 07 de Setembro de 2025

Resumo do Componente Curricular

Dados Gerais do Componente Curricular
Tipo do Componente Curricular: MÓDULO
Unidade Responsável: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS EM DESENVOLVIMENTO, AGRICULTURA E SOCIEDADE/ICHS (12.28.01.00.00.00.80)
Código: IH-1517
Nome: TEORIA POLÍTICA (FM)
Carga Horária Teórica: 60 h.
Carga Horária Prática: 0 h.
Carga Horária de Ead: 0 h.
Carga Horária Total: 60 h.
Pré-Requisitos:
Co-Requisitos:
Equivalências:
Excluir da Avaliação Institucional: Não
Matriculável On-Line: Sim
Horário Flexível da Turma: Sim
Horário Flexível do Docente: Sim
Obrigatoriedade de Nota Final: Sim
Pode Criar Turma Sem Solicitação: Sim
Necessita de Orientador: Não
Exige Horário: Sim
Permite CH Compartilhada: Não
Permite Múltiplas Aprovações: Não
Quantidade de Avaliações: 1
Ementa/Descrição: Partindo num primer momento de um panorama sobre abordagens clássicas nos estudos das políticas públicas, como pluralismo e elitismo, o curso recupera um leque de questões políticas e olhares particulares de autores contemporâneos. Assim, num segundo momento, se apresentam as questões da representação e do campo político a partir do olhar de Bourdieu; hegemonia, radicalização da democracia e populismo no olhar de Laclau e Mouffe; a colonialidade e descoloniolidade do poder no olhar de Quijano; neoliberalismo, nova razão do mundo e esgotamento da democracia liberal no olhar de Dardot e Laval; neoliberalismo e emergência de novos fascismos no olhar de Boaventura de Souza Santos; e neoliberalismo, redes sociais, mídia digital e novas técnicas de poder no olhar de Byung-Chul Han. Num terceiro momento, se trazem questões e leituras sobre o Brasil contemporâneo: o “lulismo” como reformismo no olhar de Singer, as elites do atraso no olhar de Jesse de Souza e o ativismo judicial de Casara. E finalmente, pensando os caminhos futuros da transformação política, se discutem as propostas do comum e a revolução nos olhares de Negri, Dardot e Laval; de democratizar a democracia e reinventar a esquerda de Boaventura de Souza Santos; e a política radical e o agonismo no olhar de Mouffe.
Referências: I. ABORDAGENS POLÍTICAS CLÁSSICAS (2 aulas) 1. Pluralismo e elitismo nos estudos das políticas públicas.  SMITH, Martin. El pluralismo. In: Marsh D. y Gerry Stoker (eds.). Teoría y métodos de la ciencia política. Madrid, Alianza Editorial,1997, p. 217-234.  EVANS, Mark. El elitismo. In: Marsh D. y Gerry Stoker (eds.). Teoría y métodos de la ciencia política. Madrid, Alianza Editorial, 1997, p. 235-254.  ROMANO, Jorge O. Política nas políticas: um olhar sobre a agricultura brasileira. Rio de Janeiro: Mauad X; Seropédica, RJ: EDUR, 2009. As abordagens pluralistas e elitistas e o estudo das políticas públicas, p. 29-78; Redes e outros enfoques, teorias e modelos no estudo das políticas públicas, p.79-120; As leituras elitistas e pluralistas nos estudos brasileiros; p.143-201. II. QUESTÕES E OLHARES RECENTES SOBRE A POLÍTICA (7 aulas) 2. A representação e o campo político: o olhar de Bourdieu.  BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro, Diffel, 1990, cap. VII A representação política: elementos para uma teoria do campo político, p. 163-202  BOURDIEU, Pierre: Sobre o Estado. Cursos no College de France (1989-1992). São Paulo: Companhia das Letras, 214. Curso de 12 de dezembro de 1991, p.460-480. 3. Hegemonia, radicalização da democracia e populismo: o olhar de Laclau e Mouffe.  LACLAU E. y MOUFFE, C. Hegemonia y estratégia socialista. Hacia uma radicalización de la democracia. Madrid: Siglo XXI, 1987. La divisória de aguas gramsciana, p. 114-126; Cap 4 Hegemonia y radicalización de la democracia, p. 247-318.  LACLAU, Ernesto. La Razón Populista. Buenos Aires: Fondo de Cultura Econômica, 2007. Cap. 4 El pueblo y la producción discursiva del vacio, p.91-130.  LACLAU, E. Populismo: que nos disse el nombre. In: Paniza, Francisco (org.). El populismo como espejo de la democracia. Buenos Aires: Fondo de Cultura Econômica, 2009, p. 51-70.  PANIZZA, Francisco. Introducción. El populismos como espejo de la democracia. In: Paniza, Francisco (org.). El populismo como espejo de la democracia. Buenos Aires: Fondo de Cultura Econômica, 2009, p. 9-49 4. A colonialidade e descoloniolidade do poder: o olhar de Quijano.  QUIJANO, Aníbal. Cuestiones y horizontes: de la dependencia histórico-estructural a la colonialidad/descolonialidad del poder. Buenos Aires: CLACSO, 2014, Colonialidad del poder, eurocentrismo y América Latina, p. 777- 832; ¿Bien vivir?: entre el ‘desarrollo’ y la Des/Colonialidad del poder, p. 847-849.  ALIMONDA, Héctor. Una introducción a la ecologia política latino-americana. In Ramón Grosfoguel y Roberto Almanza Hernández (eds.), Lugares descoloniales – Espacios de intervención en las Américas, Editorial de la Pontificia Universidad Javeriana, Bogotá, 2012.
  GROSFOGUEL, Ramón. Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos 3 pós-coloniais: Transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 80, 2008, p. 115-147. 5. Neoliberalismo, nova razão do mundo e esgotamento da democracia liberal: o olhar de Dardot e Laval.  DARDOT, Pierre e LAVAL, Christian. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. São Paulo, Boitempo, 2016. Introdução à edição inglesa (2014), p.13-34; Cap. 6: A grande virada, p. 189-244; Conclusão: O esgotamento da democracia liberal, p. 377-402. 6. Neoliberalismo e emergência de novos fascismos: o olhar de Boaventura de Souza Santos.  SANTOS, Boaventura de Sousa. “A gramática do tempo: para uma nova cultura política. São Paulo: Cortez, 2006. A crise do Contrato Social da Modernidade e a Emergência do Fascismo Social p. 317- 340; A reinvenção solidária e participativa do Estado, p.341-376.  BRAY, Mark. Cinco lições de história para antifascistas. In: Serrote, Num. 27, novembro 2017, São Paulo: Instituto Moreira Sales, p. 4-23 7. Neoliberalismo, redes sociais, mídia digital e novas técnicas de poder: o olhar de Byung-Chul Han.  HAN, Byung-Chul. Topologia da violência. Petrópolis, Rj: Vozes, 2017. Primeira Parte Macrofísica da Violência, Política da violência, p. 83-135; Segunda Parte Microfísica da Violência, p. 157-269.  HAN, Byung-Chul. Psicopolítica. Burzaco Provincia de Buenos Aires, Argentina: Herder. III. POLÍTICA NO BRASIL DE HOJE (3 aulas) 8. O Lulismo como reformismo: o olhar de Singer.  SINGER, André. Os sentidos do Lulismo. Reforma Gradual e Pacto Conservador. São Paulo: Companhias das Letras, 2012. Introdução: alguns temas da Questão Meridional, p. 9- 49; Será o lulismo um reformismo fraco, p. 169-221. 9. As elites do atraso: o olhar de Jesse de Souza.  SOUZA, Jesse. A elite do atraso. Da escravidão ao Lava Jato. Rio de Janeiro, Leya, 2017. Prefácio, p. 7-10; O racismo de nossos intelectuais: o brasileiro como vira-lata, p. 36-72; As classes sociais no Brasil moderno, p. 73-180; A corrupção real e a corrupção dos tolos, p. 181-234. 10. O ativismo judicial no estado pós-democrático: o olhar de Casara.  CASARA, Rubens R. Estado pós-democrático; neo-obscurantismo e gestão dos indesejáveis. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2017. 1 Do Estado Democrático de Direito ao Estado Pós-democrático, p. 19-46; 10 Poder Judiciário: de garantidor dos direitos a realizador das expectativas do mercado e dos expectadores, p 125-134; 11 O Ministério Público: da esperança democrática a agente pós-democrático; 12: Liberdade: um valor esquecido na pós-democracia; 13 A relativização da presunção da inocência: um sintoma da pós-democracia; 14 A espetacularização do Sistema de Justiça Criminal, p. 157-170; 15 Um tribunal que julgava para agradar a opinião pública, p 171-178; 16 O Estado Pós- 4 Democrático no Brasil: gestão dos indesejáveis (a criminalização da pobreza e os casos do Mensalão, da Lava-Jato e do impeachment da presidente Dilma), p 179-210; Violência e corrupção no Estado Pós-Democrático, p 211-218. IV. CAMINHOS DA TRANSFORMAÇÃO POLÍTICA (3 aulas) 10. O comum e a revolução: os olhares de Negri, Dardot e Laval.  A revolta da multidão e a constituição do bom viver. Conversa entre Antonio Negri e Alberto Acosta mediada por Alana Moraes e Gerhar Dilger. In: Santiago, Homero; Tible, Jean; Telles, Vera: Negri no trópico 23 26’14’’. São Paulo: Autonomia Literária e Editora da Cidade, 2017, p. 141-177;  Vejo a Revolução em curso. Entrevista de Antonio Negri por Jean Tible. In: Santiago, Homero; Tible, Jean; Telles, Vera: Negri no trópico 23 26’14’’. São Paulo: Autonomia Literária e Editora da Cidade, 2017, p. 317-335.  Dardot, Pierre e Laval, Christian. Comum: ensaio sobre a revolução no século XXI. São Paulo: Boitempo, 2017. Introdução: O comum: um principio político, pp.11-22; Cap. 3: A grande apropriação e o retorno dos “comuns, p. 101-144; Cap5: Comum, renda e capital, p. 199-240; Cap. 10: A práxis instituinte, p. 429-478; Parte III Proposições políticas, p. 479- 604; Post-scriptum sobre a revolução no século XXI, p.605-621. 11. Democratizar a democracia e reinventar a esquerda: o olhar de Boaventura de Souza Santos.  Santos, Boaventura de Sousa, A difícil democracia: reinventar a esquerda. São Paulo, Boitempo, 2016. Democratizar a Democracia, p. 117-169; Reinventar as esquerdas, p. 173- 207. 12. Política radical e agonismo: o olhar de Mouffe.  Mouffe, Chantal, Agonística. Pensar el mundo politicamente. Buenos Aires, Fondo de Cultura Económica, 2014. La política Radical hoy, p. 77-92; Conclusión, p. 111-128.

SIGAA | Coordenadoria de Tecnologia da Informação e Comunicação - COTIC/UFRRJ - (21) 2681-4638 | Copyright © 2006-2025 - UFRN - sig-node3.ufrrj.br.producao3i1 v4.17.0_r4