Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Seropédica, 14 de Dezembro de 2025

Visualização da Ação de Extensão


Ação de Extensão
Título: Formação popular de focalizadores e difusão da Dança Circular como Prática Integrativa e Complementar em Saúde, a partir dos princípios de Gestão Social nas Políticas Públicas para a Saúde
Ano: 2022 Nº Bolsas Concedidas: 0 Nº Discentes Envolvidos: 1 Público Estimado: 50
Período do Curso: 16/05/2022 a 16/06/2022
Área Principal: Comunicação Área do CNPq: Ciências da Saúde
Unidade Proponente: DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS/IM Unidades Envolvidas:
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO / PROPPG , ESCOLA DE EXTENSÃO / EExt
Tipo: CURSO
Municípios de Realização: SEROPÉDICA - RJ
Espaços de Realização: Ambiente virtual moodle
Fonte de Financiamento: FINANCIAMENTO INTERNO (PPESCE)
Modalidade do Curso: Semi-Presencial Tipo do Curso: MINICURSO
Tipo do Evento: Carga Horária: 30 Quantidade de Vagas: 50
Responsável pela Ação: Edmir Amanajás Celestino
E-mail do Responsável: amanajas@ufrrj.br
Contato do Responsável: (21)966792991
Url da Acão: https://sigaa.ufrrj.br/sigaa/link/public/extensao/visualizacaoAcaoExtensao/1533

Resumo

Este projeto resulta de vivências na participação de rodas, formação como focalizador (facilitador) e multiplicador no movimento internacional de Danças Circulares (DCs), pautado na Cultura de Paz, numa trajetória cujos caminhos convergiram para a pesquisa e extensão universitária. Independentemente de um tema de projeto acadêmico, linha de pesquisa ou extensão, a manutenção da saúde mental e física no meio acadêmico e na comunidade de entorno é essencial para o bom desempenho universitário. Assim, ao pensar em saúde de forma coletiva, através da conscientização e formação de multiplicadores de práticas que possibilitam exercitar laços de convívio em comunidade, é possível trabalhar princípios da Gestão Social sobre a aplicação de políticas públicas universitárias e de saúde coletiva. No passado, as danças em geral tinham como premissa a integração, promovendo a inclusão do indivíduo em grupo, promovendo a força de coesão comungada em gestos e através dos corpos em movimento, disseminando o sentimento primordial de comunidade, integração, sensibilização e abertura da consciência para o que há de comum em meio as diferenças. Algo que traduz o fato de que todos temos uma mesma origem ancestral, capaz de ser percebida através da dança, que na maioria das culturas originárias, era realizada de forma circular. As práticas proporcionadas pelas DCs, possibilitam a troca de conhecimentos, valorização das relações humanas e resgate da cultura. O professor e bailarino alemão Bernhard Wosien, fundador do movimento de DCs, considerava a prática como um processo de autoconhecimento, de experienciar a si mesmo em aspectos físicos, psicológicos e espirituais. Explicando esta perspectiva a partir de suas próprias vivências. As DCs são um meio potencial de mobilização do coletivo, da expressão de afetos e de reflexões sobre a condição individual e em sociedade, capaz de agir como catalizadora na ampliação da consciência humana, de forma pessoal, artística, corporal, espiritual ou social, naqueles envolvidos em sua realização. A manutenção da saúde mental através de práticas coletivas que subvertam o processo de automação e distanciamento dos indivíduos nas relações humanas, deveria ser um tema sensível à gestão pública em diferentes campos de atuação, para além da saúde coletiva. A prática das DCs é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde pelo seu valor terapêutico e foi reconhecida pelo Governo Brasileiro, através da Portaria nº 849 de 27 de março de 2017 do Ministério da Saúde, que estabelece esta e outras atividades dentro da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPICs), incorporando-as ao Sistema Único de Saúde. O contexto de políticas públicas aplicadas à gestão, tem em processos participativos e de formação de multiplicadores locais uma importante ferramenta, capaz de validar e efetivar a utilização da legislação, ou mesmo modificá-la, para que esta se configure como uma realidade prática na esfera executiva. Assim, espera-se que a análise do campo da Gestão Social e a utilização de seus princípios teóricos e práticos, contribuam com o entendimento, aplicação e empoderamento dos participantes, sobre a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde.


Programação

As aulas desse curso acontecerão às terças e quintas, das 15h às 17h

 

Aula 01:

-              O princípio da Alteridade: Encontro presencial, focado na conceituação de alteridade, que designa o exercício de colocar-se no lugar do outro, de perceber o outro como uma pessoa singular e subjetiva. No âmbito da Filosofia, alteridade é o contrário de identidade, que Platão conceitua a partir da reflexão do “ser” através da multiplicidade das ideias, indicando que no processo de identificação entre os indivíduos, existe a relação de alteridade recíproca. Numa perspectiva antropológica, quando qualquer pessoa entra em contato com outra de cultura diferente, ela deve entender, e compreender esta cultura sem fazer o juízo de valor ou com preconceitos, assim é possível entender, não só a cultura do outro, como também a nossa de forma mais ampla. A reflexão sobre este conceito será a base da dinâmica de criação de vínculos entre os participantes e será introdutória para todo o desenvolvimento do curso.


Aula 02:

-              Pensar no círculo: Encontro Online, na qual serão abordados a origem, histórico, filosofia, pedagogia e fundamentos teórico-metodológicos do estudo das DCs, abrindo-se espaço para o diálogo e trocas de percepções dos participantes sobre a utilização das DCs e suas inúmeras aplicações.

 

Aula 03:

-              Girando a roda: Encontro presencial, prática comentada de preparação de uma roda de Dança Circular com os participantes do curso, seguida de realização de uma roda para o público acadêmico e do entorno da universidade. A temática a ser abordada como reflexão nesta roda será “Alteridade, o encontro de si no acolhimento do outro”. Será comentado com os participantes do curso a prática de organização da roda, a escolha dos elementos de centro de roda e a importância deste arranjo cênico na prática da DCs, a escolha das músicas e danças, interligadas ao tema da roda. Ao final, será realizada uma roda de conversa sobre a experiência, aberta a participação dos alunos e dançantes.


Aula 04:

-              Pensar no círculo: Encontro Online, pautado na reflexão crítica sobre a Pedagogia de Bernhard Wosien, criador do movimento de DCs, a partir de sua abordagem teórica intitulada Heilige Tanze, que se traduz como Danças Sagradas, Danças de Cura ou Danças da Totalidade; e nos Estudos da Etnicidade na Dança, na abordagem da Antropologia da Dança de Giselle Guilhon.

 

Aula 05:

-              Girando a roda: Encontro presencial, A temática a ser abordada como reflexão nesta roda será “Cultura e Tradição nas Danças Circulares”. Ao final, será realizada uma roda de conversa sobre a experiência, aberta a participação dos alunos e dançantes.

 

Aula 06:

-              Pensar no círculo: Encontro Online, pautado na reflexão crítica sobre os Estudos do Movimento de Rudolf Laban, a partir da abordagem da Dança Moderna e abordagens contemporâneas da dança; e na Teoria do Movimento de Rodolfo Llinás, pautada na abordagem dos cinco campos da Neurociência, molecular, celular, sistêmica, comportamental e cognitiva.


Aula 07:

-              Girando a roda: Encontro presencial, A temática a ser abordada como reflexão nesta roda será “Movimento da vida”. Ao final, será realizada uma roda de conversa sobre a experiência, aberta a participação dos alunos e dançantes.


Aula 08:

-              Pensar no círculo: Encontro Online, pautado na reflexão crítica sobre a Filosofia da diferença ou da multiplicidade, na perspectiva de Gilles Deleuze e Felix Guattari; e sobre a Fenomenologia da Percepção, na abordagem fenomenológica de Merleau-Ponty.


Públicos Alvo

Interno:

A partir de 18 anos para a comunidade externa e universitários no curso de formação popular de focalizadores de Dança Circular; qualquer idade para comunidade externa e universitários na realização das rodas de Dança Circular


Externo:

A partir de 18 anos para a comunidade externa e universitários no curso de formação popular de focalizadores de Dança Circular; qualquer idade para comunidade externa e universitários na realização das rodas de Dança Circular



Membros da Equipe

  CARLOS ALBERTO SARMENTO DO NASCIMENTO
Categoria: EXTERNO
Função : ORIENTADOR DE ATIVIDADE DE EXTENSÃO
  EDMIR AMANAJÁS CELESTINO
Categoria: DISCENTE
Função : MINISTRANTE DE ATIVIDADES
  DANIELE DA ROCHA FARIA
Categoria: DOCENTE
Função : COORDENADOR(A)



Ações das quais faz parte

2020 - PPESCE - Popularização da Pesquisa através de Cursos de Extensão


Lista de Fotos

Não há fotos cadastradas para esta ação



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