A história da participação política das mulheres na América Latina indica uma série de motivos para a mobilização e organização das mulheres: demandas econômicas e sociais, a luta pela democracia, a resistência às ditaduras. Na maioria das vezes, as reivindicações das mulheres têm crescido a partir das suas preocupações imediatas, com sua própria mobilização, muitas vezes uma resposta espontânea ao agravamento das condições. Em alguns casos, inicialmente a organização e a participação das mulheres tem sido impulsionada por agências externas e não pelas próprias mulheres, tais como igrejas, partidos políticos, sindicatos, cooperativas e afins. De qualquer forma, a experiência acumulada de organização de mulheres não só estabeleceu a legitimidade das questões das mulheres, mas deu origem a uma das visões mais ousadas e originais da mudança social, um guia para um caminho comum de crescimento produtivo e justiça social, dentro de uma estrutura de autêntica democracia. Para atingir essa democracia entre os gêneros, a Teoria Feminista enxerga a educação como meio de mobilidade social para mulheres, jovens e meninas de contextos sociais estratificados, capilarizados pelos costumes patriarcais de conceber a mulher – ou o gênero feminino – como um signo performático desprestigiado socialmente. Este curso visa oferecer aos cursistas – principalmente os futuros ou já docentes – ferramentas teórico-críticas que adensem o enfrentamento ao machismo em contextos escolares do território brasileiro. Bem como arrole para a discussão feminista as contribuições proeminentes do feminismo negro e do transfeminismo. No curso, dialogaremos com a feminista negra bell hooks, e a nigeriana, também feminista, Chimamanda Ngozi Adichie; Também trataremos da tecnologia do gênero proposta pela feminista italiana Teresa de Lauretis, em consonância com as observações de Donna Haraway e Judith Butler.
As atividades sincronas desse curso serão realizadas às terças e quintas-feiras, das 19h às 21h
Semana 1:
Aula 1: Apresentação, bate-papo inicial do fundamento do curso e apresentações individuas dos alunos para saber os contextos geográficos atendidos, e as motivações que levaram eles a se interessarem pelo curso. Instruí-los sobre o texto da aula 2 que deverá ser lido para debate.
Aula 2: Debate do texto de bell hooks (2020) Para além da Raça e do Gênero. Atividades:
Semana 2:
Aula 1: Debate sobre o capítulo Vamos Pensar Direito: Interseccionalidade e as Mulheres Negras, da ativista feminista e negra Carla Akotirene (2020) para trabalhar o conceito de interseccionalidade.
Aula 2: Documentário Transexualidade no Axé: tradição ou renovação? para vermos na prática como interagem as relações de poder quando temos várias intersecções em um espaço de domínio, no caso, um terreiro baiano dirigido por uma yalorixá travesti.
Semana 3:
Aula 1: Debate do movimento feminista no século XX com o texto de Teresa de Lauretis (1994) intitulado A tecnologia do gênero.
Aula 2: Debate do texto de Donna Haraway para fechar a análise do movimento feminista no final do século XX. O texto, como já citado, intitulado Um manifesto para os cyborgs: ciência, tecnologia e feminismo socialista na década de 80.
Semana 4:
Aula 1: Debateremos o capítulo do livro A vida psíquica do Poder: Teorias da Sujeição, escrito por Judith Butler (2020), intitulado Sujeição, resistência, ressignificação.
Aula 2: Faremos uma avaliação final sobre os sucessos e os pesares do curso, bem como o nosso autodesenvolvimento e apreciação do que foi proposto.
escolaridade: com ensino médio completo, graduandos, graduados de quaisquer áreas do conhecimento e docentes ativos e inativos da educação básica. Faixa etária: a partir de 17 anos
2020 - PPESCE - Popularização da Pesquisa através de Cursos de Extensão
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