Um Estudo de Caso do Cultivo Associado do Maracujá Azedo com Milho ‘Crioulo’ em Rondônia, Brasil
Passiflora edulis, Produtividade, Milho Crioulo
O consórcio entre o maracujá-amarelo e o milho crioulo, deve-se conter em sua essência os conceitos da agricultura sustentável, onde assegura a produtividade e rentabilidade, empregando as técnicas de cultivos intercalados. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar o desempenho agronômico, climático e econômico do cultivo consorciado de maracujá-amarelo (Passiflora edulis Sims) com milho crioulo Astecão (Zea mays L.) em sistema orgânico de produção. Inicialmente, os maracujazeiros, na fase juvenil, foram conduzidos em casa de vegetação, até o estabelecimento das mudas ou mudão, e após levado a campo. O genótipo de Passiflora utilizado foi da Família BC3. A (Pool Híbridos HRI-25 / HRI-17, ambos 50%). Mesmo com o ataque frequente das abelhas arapuás, obteve-se uma produção considerável de 612,18 kg da fruta em apenas uma única colheita. A produtividade do milho foi de 156 kg, sendo destinados para consumo familiar e logo após sua colheita, o foco foi a obtenção de palhada como cobertura do solo. O custo total de produção do experimento foi de R$3.105,23, com uma margem de lucro de 44,7%, totalizando um valor bruto de R$5.613,69 e uma renda líquida de R$2.508,46. Para o cultivo na região sul de Rondônia, os meses de plantio que se deve evitar, levando em consideração o índice pluviométrico, se concentra no período de novembro a março, onde acumulou-se uma precipitação de 1600 mm, média aproximada da necessidade anual da cultura. Considerando que o cultivo do maracujazeiro em sistema orgânico demanda muita mão de obra e intensa aplicação de produtos biológicos e caldas alternativas, torna-se o cultivo dessa cultura um tanto quanto desafiador, devido aos danos causados por pragas e doenças importantes da cultura.