Banca de DEFESA: EDMILSON RIBEIRO GOMES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : EDMILSON RIBEIRO GOMES
DATA : 28/06/2018
HORA: 14:00
LOCAL: CFAO
TÍTULO:

Potencialidades e Limitações para a Adoção de

Práticas Agroecológicas: Estudo de caso do assentamento São José da Boa Morte

PALAVRAS-CHAVES:

comercialização, adequação ambiental, diversificação. 

PÁGINAS: 66
RESUMO:

Para avaliação das potencialidades e limitações para a adoção de práticas agroecológicas foi realizado estudo junto a 10 (dez) agricultores no Assentamento São José da Boa Morte, no município de Cachoeiras de Macacu-RJ. Nas visitas às unidades de produção foram realizadas entrevistas com os agricultores com aplicação de questionário, levantando aspectos referentes às dimensões social, agroecológica/ambiental e econômica. Os agricultores têm idade superior a 40 anos e, em 06 (seis) unidades de produção, pelo menos um filho atua nas atividades agrícolas, principalmente como meeiro. Participam ou participaram de formas organizativas e revelaram que uma associação atuante poderia facilitar as reivindicações alusivas às necessidades de infraestrutura do assentamento e o processo de comercialização da produção. Escolhem os seus cultivos principalmente em função do potencial de mercado e da tradição de plantio. Demonstram interesse no plantio de espécies arbóreas, priorizando as frutíferas, escolhendo-as em função de ofertar alimentos para as suas famílias e para os animais silvestres, de poder contribuir para o aumento da renda familiar, entre outros motivos. Os locais preferidos para o plantio são as proximidades de suas casas e ao longo das cercas ou limitações das unidades de produção, visando o bem estar pessoal e da família, delimitação e/ou aproveitamento de área, além dos aspectos ecológicos. Dos 10 (dez) agricultores entrevistados, 06 (seis) possuem o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e (01) um sabe o que é Área de Preservação Permanente (APP) e Área de Reserva Legal (RL). Ainda, 08 (oito) agricultores têm problemas com excesso de água no verão, o que restringe o plantio de olerícolas e grãos por, aproximadamente, 06 (seis) meses. Os entrevistados utilizam ou utilizaram pelo menos uma prática agroecológica como aplicação de calda fitossanitária para o controle de pragas, adubação verde, plantio de Diodia saponariifolia para o controle de plantas espontâneas, roçada e cobertura morta, rotação de culturas e aplicação de biofertilizante líquido. Apenas 02 (dois) entrevistados vendem parte da produção para Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE, embora 08 (oito) produtores possuam a Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP). A maior dificuldade para a participação no programa é a falta de informações por parte dos agricultores. Todos vendem para atravessadores, mas 06 (seis) também realizam ou realizaram venda direta a consumidores e (05) têm interesse na ampliação da desta forma de comercialização, tendo como as principais dificuldades a quantidade reduzida de produtos agrícolas absorvida pelo mercado local e pela falta de disponibilidade de transporte. O estudo identifica algumas limitações à adoção de práticas agroecológicas, contudo, sinaliza para várias potencialidades à sua adoção. Conduz à sugestão de busca de informações por representantes  da comunidade junto a entidades municipais e estaduais sobre o PNAE e PAA, CAR e políticas públicas voltadas ao setor agrícola, o que poderá fortalecer o processo de comercialização e melhor utilização das áreas das unidades de produção. Os  agricultores poderão retomar o plantio de algumas lavouras, as quais poderão fazer parte de seus “desenhos”’ de cultivos, contribuindo para o aumento da biodiversidade e, portanto, para a retomada paulatina de sistemas mais estáveis, rumo à produção agroecológica.

MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2145575 - ANELISE DIAS
Interno - 370.766.397-34 - MARIA FERNANDA DE ALBUQUERQUE COSTA FONSECA - UFRRJ
Externo à Instituição - LUIZ FERNANDO DUARTE DE MORAES - EMBRAPA
Externo à Instituição - GUILHERME DE FREITAS EWALD STRAUCH - OUTRO