Banca de QUALIFICAÇÃO: TIAGO SALLES TEIXEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : TIAGO SALLES TEIXEIRA
DATA : 17/07/2018
HORA: 14:30
LOCAL: Embrapa Agrobiologia/ Sala de reuniâo agricultura orgânica
TÍTULO:

UNIDADES DA PAISAGEM E SERVIÇOS ECOSSITÊMICOS: AVALIAÇÃO PARTICIPATIVA DE ESPÉCIES VEGETAIS COMO BIOINDICADORAS DE ESTRATEGIAS PARA O USO E OCUPAÇÃO DO TERRITORIO QUILOMBOLA GURUTUBA - MG


PALAVRAS-CHAVES:

Etnobotânica, Territórialidades, serviços ecossistêmicos


PÁGINAS: 15
RESUMO:

O principal esforço no levantamento de informações sobre os ecossistemas e os os serviços por ele prestados até ao momento foi o Millennium Ecosystem Assessment (MA), trabalho realizado entre 2001 e 2005, por solicitação do Secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan. O MA visa fornecer uma avaliação integrada das consequências das alterações dos ecossistemas no bem-estar humano, assim como analisar as opções disponíveis para a conservação dos ecossistemas e a sua contribuição para responder às necessidades humanas. A estrutura conceitual do MA assume que existe uma interação dinâmica entre as pessoas e os ecossistemas, com as alterações que afetam os serviços dos ecossistemas e o bem-estar humano a ocorrerem de forma recíproca. Coloca o bem-estar humano como ponto central da avaliação, contudo, também reconhece que a biodiversidade e os ecossistemas possuem um valor intrínseco e, como tal, que as decisões respeitantes aos ecossistemas são baseadas tanto em considerações sobre o bem-estar humano como no seu valor intrínseco. Os componentes do bem-estar, vividos e percebidos pelas pessoas, são dependentes da situação, refletindo a geografia local, a cultura e as circunstâncias ecológicas. Diante da crescente pressão sobre os ecossistemas, várias instituições e governos têm buscado criar incentivos para melhoria da gestão do patrimônio ambiental. Serviços ecossistêmicos são os benefícios que as pessoas obtêm dos ecossistemas e compreendem serviços de provisão (como alimentos, água potável, recursos medicinais), de regulação (como proteção contra inundações), de suporte (como o ciclo dos nutrientes), e culturais (como patrimônio cultural, recreação). Essa abordagem considera também a relação entre serviços ecossistêmicos e modo de vida tradicional de populações humanas, sendo que os serviços podem ser oriundos tanto de ecossistemas naturais, como de matas e ambientes agrícolas manejados por povos e comunidades tradicionais. As unidades da paisagem associadas aos sistemas agrícolas tradicionais têm um elevado valor ecológico pelo papel que desempenham na preservação da biodiversidade, bem como pela sua contribuição para o sequestro de carbono e de serviços de recreio. A grande preocupação dos agricultores, dos pesquisadores e dos formuladores de políticas centra-se na procura de sistemas agrícolas sustentáveis diversificados, com baixo uso de inputs externos e energeticamente eficientes. Isso requer que a agricultura seja vista como um ecossistema e que as práticas agrícolas e a pesquisa não se preocupem com altos níveis de produtividade, mas, sim, com a otimização do sistema como um todo. No Norte de Minas Gerais a comunidade quilombola Gurutuba, objeto desta Pesquisa, vivencia um contexto de incertezas e muitas expectativas. Sua trajetória em busca do reconhecimento se inicia 2003 quando um processo de mobilização social e intervenções comunitárias para acesso a direitos (à terra) e melhoria das condições de vida. Em 2006 é dada abertura ao processo administrativo de regularização fundiária do território e atualmente o processo encontra-se em fase final de regulamentação no âmbito federal (Decreto 4887). Diversas etapas foram superadas: elaboração de laudo antropológico; cadastramentos das famílias; auto delimitação do território (Publicação do RTID- 20/12/2013, processo 54170.000533/2005-81); notificação dos posseiros não quilombolas e prazo de contestações. Este projeto tem como objetivo colaborar na elaboração do Plano de Gestão territorial e Ambiental, e o estudo a ser realizado tem por visa “instrumentalizar comunidades quilombolas na identificação de serviços ecossistêmicos, caracterização das unidades da paisagem e avaliação de espécies vegetais como bioindicadoras de estratégias de uso e ocupação do solo gurutubano”.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - LILIA APARECIDA SALGADO DE MORAIS - EMBRAPA
Presidente - 465.566.305-78 - MARIELLA CAMARDELLI UZÊDA - EMBRAPA
Interno - 352.449.092-15 - MARTA DOS SANTOS FREIRE RICCI DE AZEVEDO - EMBRAPA
Notícia cadastrada em: 17/07/2018 10:20
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