Técnicas alternativas na pós-colheita do morango orgânico
Fragaria x ananassa, vida-de-prateleira, fitossanidade
O morango é uma fruta, reconhecidamente, com ‘vida-de-prateleira’ relativamente curto, sendo este um grande entrave na sua comercialização. Assim, pretende-se neste trabalho comparar algumas alternativas viáveis visando a melhorar e postergar qualidade pós-colheita do morango. Para tanto, foram testados os tratamentos: aplicação de água ozonizada, duas formas de controle com bioantagonistas de fungos em pós-colheita e uso da água eletrolisada alcalina em morangos maduros da cultivar ‘Portola’, produzidos sob os princípios da agricultura orgânica, na região de Brazlândia-DF. Além destes, na montagem experimental, adotaram-se mais dois tratamentos testemunhas (água proveniente do sistema de abastecimento e morango na ausência de qualquer tratamento). As análises da qualidade dos frutos foram realizadas em quatro momentos: Nas primeiras 24 horas após a imersão nos tratamentos ou tempo zero (0), três (3), seis (6) e nove (9) dias. O delineamento experimental inteiramente casualizado em fatorial (6 tratamentos x 4 tempos de avaliação), com três repetições. Durante este período os morangos ficaram armazenados em câmara BDA a 5 oC. Na etapa de análise biológica foi avaliado a presença de bolores e para as análises físico-químicas os parâmetros: massa, pH, Acidez Total Titulável (ATT), Sólidos Solúveis Totais (SST) e a relação SST/ATT (Ratio). Com a coleta dos dados promoveu-se a análise de variância. Observou-se uma eficiência da água alcalina em relação ao controle de bolores. Em relação às análises físico-químicas de todos os tratamentos nenhum deles afetou expressivamente tais parâmetros. Desta forma, o uso da água alcalina na pós-colheita mostra-se promissor por reduzir a população de bolores sem afetar sua integridade físico-química, aumentando a vida-de-prateleira do morango.