Caracterização e Avaliação da Qualidade das Castanhas e Amêndoas de Baru in natura e Torradas Utilizando Diferentes Tipos de Embalagens
Palavras-chave: Baru. Embalagem. Fungos. Armazenamento
O cerrado brasileiro apresenta uma flora muito diversificada, com frutos altamente nutritivos como o Baru. A amêndoa do baru tem se destacado no mercado, por ser uma fonte de nutrientes e tem sido muito consumida pela população em geral, tanto na forma in natura quanto torrada. Verificam-se poucas pesquisas no que diz respeito à conservação pós-colheita como temperaturas de torrefação e armazenamento, além do tipo de embalagem adequada a ser utilizada. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar presença de micotoxinas em castanhas de baru e as características físicas e químicas das amêndoas de baru in natura coletadas nos municípios do Noroeste de Minas Gerais, bem como das amêndoas torradas comparando três tipos de embalagens utilizadas pelos agricultores e a embalagem utilizada pela Cooperativa de Agricultura Familiar Sustentável com Base na Economia Solidária – COPABASE, para verificar a sua conservação por um período de armazenamento de 0, 45, 90 e 135. Na primeira etapa do estudo, foi avaliada a presença de micotoxinas das castanhas do baru armazenadas pelos produtores rurais. Na segunda etapa do estudo foram avaliadas as características físico-químicas como: largura, comprimento, massa, pH e acidez titulável, teores de umidade, proteínas, lipídeos e cinzas das amêndoas in natura para sua caracterização. Na terceira etapa, após a torrefação das amêndoas, para a caracterização físico-química das mesmas e acondicionadas em embalagens plásticas de diferentes agricultores (polietileno de baixa, poli (tereftalato de etileno) ou PET de garrafa e de potinho e a embalagem da COPABASE (PEBD (Polietileno de baixa densidade com laminado), para verificar se ocorreram alterações, durante o armazenamento pelo período de tempo determinado, além da contagem padrão de bactérias em placas, enumeração de coliformes totais e coliformes termotolerantes por meio da técnica de tubos múltiplos, para todos os tratamentos, durante o armazenamento. Em relação a presença de fungos nas castanhas do baru, a microflora encontrada foram Aspergillus flavus, Aspergillus niger, Aspergillus ocraceus, Penicillium sp., Cladosporium sp., Rhizopus spp, sendo as castanhas oriundas de Arinos, Buritis, Igrejinha e Riachinho as que apresentaram maior incidências dos gêneros Aspergillus e Penicillium. e Fusarium spp. Já análise estatística descritiva aplicada aos dados físicos e químicos das amêndoas de baru variaram nas regiões estudadas, onde Arinos apresentou as melhores características e Riachinho apresentou a menores médias, o que pode estar associado a região e o clima, a forma de armazenamento, a composição, as variações ambientais e genéticas, entre outros. De acordo com as as análises estatísticas descritiva aplicada aos atributos de qualidade das amêndoas de baru torradas em função da embalagem e períodos de armazenamento, as embalagens da COPABASE e PETGAR, foram as melhores, por permitirem uma melhores conservação dos atributos de qualidade avaliados, mantendo suas características físicas, físico-químicas e microbiológicas.