Leite de vaca e calda sulfocálcica no controle de oídio na cultura da ervilha
Erysiphe pisi; controle alternativo; produtividade.
Uma das doenças mais importantes da cultura da ervilha (Pisum sativum L.) é o oídio causado por Erysiphe pisi. Embora existam diversos fungicidas registrados e utilizados para o controle da doença, o seu uso regular pode levar a seleção de estirpes resistentes na população do patógeno e aumentar os riscos de intoxicação do alimento e do aplicador. Esta doença é igualmente importante na produção orgânica de ervilha. Nesta, porém, além de ser vedado pela legislação o uso de fungicidas, não existem relatos de alternativas eficientes para o controle da doença. Tendo em vista a importância da cultura da ervilha para produtores do Sul de Minas e as perdas causadas pelo oídio, realizou-se o presente trabalho com o objetivo de testar métodos alternativos, e compatíveis com a legislação dos orgânicos, para o controle da doença na cultura. Dois experimentos foram realizados no Município de Extrema, Sul de Minas Gerais, sendo o primeiro experimento realizado na Comunidade de Pessegueiro e o segundo na Comunidade das Furnas. O experimento inicial foi realizado em situação de campo no período de 10/03/2017 a 23/05/2017, e o segundo em casa-de-vegetação no período de 14/03/2018 a 18/06/2018. Foi utilizada a variedade de ervilha torta de flor roxa e aplicações semanais de leite cru (10 e 20%) e calda sulfocálcica (0,5%), mais um tratamento testemunha (água). Avaliou-se a severidade da doença e a produtividade da cultura. Os tratamentos com leite de vaca, a 10 e 20%, foram os mais eficientes no controle do oídio seguido pela cada sulfocálcica, que provocou sintomas de fitotoxidez nas plantas. Comparado à testemunha os tratamentos com leite de vaca a 10% e 20% e calda sulfocálcica no primeiro ensaio resultaram ganhos de 48,67%, 35,08% e 25,82% e no segundo ensaio 31,9%, 32,84% e 20,55% de produtividade comparados à testemunha.