A cafeicultura brasileira possui um grande potencial produtivo, por haver apoio de grandes instituições científicas e de organizações experientes do ramo cafeeiro, possuir clima favorável e agroecossistema excelente para o cultivo e bons sistemas de distribuição. No entanto, a extração contínua de vários setores da economia sem reposição dos recursos naturais, desde a Revolução Industrial e incentivada pela Revolução Verde, pós Segunda Guerra Mundial, faz um alerta referente à produção de café no Brasil, já que o país é o maior produtor do grão no mundo. A exploração desenfreada do ecossistema, nos leva a considerar as mudanças climáticas como um dos principais desafios atuais da agricultura, pois, elas são consequências do desequilíbrio entre exploração humana e disponibilidade dos recursos naturais. Diante deste contexto, o objetivo deste estudo será analisar de forma comparativa as áreas de produção de café orgânico e convencional, levando em consideração os aspectos no desenvolvimento do cafeeiro e formas de mitigação do impacto das mudanças climáticas nesse sistema de produção. Para o desenvolvimento deste trabalho, é feita a revisão de literatura acerca das mudanças climáticas e seus efeitos na agricultura e principalmente na produção de café no Brasil, contextualizando as influências da Revolução Industrial e Revolução Verde no clima global. O trabalho irá trazer formas e métodos para mitigação dos efeitos das mudanças climáticas nos locais de produção de café orgânico e convencional na região sul de Minas Gerais, viabilizando sua aplicabilidade em qualquer área produtiva. A proposta metodológica será analisar em delineamento de blocos casualizados, as lavouras orgânicas certificadas e convencionais com certificação de comércio justo (Fairtrade) na região de abrangência da Cooperativa dos Agricultores Familiares de Poço Fundo - Ltda. (COOPFAM), realizando um levantamento da vulnerabilidade produtiva dessas áreas frente às mudanças climáticas.