Manejo de plantas espontâneas para o cultivo de alface, em sistema orgânico de produção
Matologia, controle de plantas espontâneas, agricultura orgânica
O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos de diferentes práticas de pré-cultivo e materiais empregados para cobertura do solo no manejo de plantas espontâneas em alface cultivada em sistema orgânico de produção. O experimento foi instalado em área de um sítio de produção orgânica de hortaliças, no município de Petrópolis, na região Serrana do estado do Rio de Janeiro, entre o período de fevereiro a junho de 2021. O delineamento experimental adotado foi de blocos ao acaso, com parcelas subdivididas, com quatro repetições. Os tratamentos são relativos às parcelas e envolveram as seguintes práticas relativas ao pré-cultivo da alface: adubação verde com Crotalaria spectabilis (AV), solarização (SO) e pousio (PO), enquanto as subparcelas envolveram tipos de coberturas de solo empregadas durante o cultivo da alface: cobertura morta de capim elefante (CM), cobertura de plástico de polietileno preto (MP), cobertura de plástico de polipropileno preto (MPP) e sem cobertura do solo (SC). Foi realizado o levantamento fitossociológico das plantas espontâneas associadas a cada tratamento, avaliando-se sua densidade, frequência, abundância e seu índice de valor de importância. Avaliou-se ainda o desempenho agronômico da alface, associado a cada tratamento, por meio do peso fresco e seco, número de folhas e diâmetro da parte aérea. O levantamento fitossociológico evidenciou que os tratamentos pré-cultivo com solarização e adubação verde promoveram uma mudança na população reinfestante de plantas espontâneas, alterando a espécie dominante na área, de tiririca (Cyperus rotundus) para picão branco (Galinsoga parviflora). Quanto aos tratamentos de pré-cultivo, a solarização possibilitou maior peso seco da alface, enquanto a adubação verde com Crotalaria spectabilis e a solarização possibilitaram maior número de folhas daquela olerícola. Cabe ainda destacar que os tratamentos de cobertura de solo influenciaram apenas o número de folhas de alface no tratamento pousio, onde a cobertura morta de capim elefante proporcionou valor superior às demais coberturas do solo.