As lutas pelo reconhecimento do assentamento rural da região metropolitana do Rio de Janeiro: o caso de Marapicu
Assentamento rural; território; reconhecimento; rural-urbano
Marapicu representa uma história de luta que por três décadas resiste às formas de opressão do capitalismo moderno que desvaloriza as formas de ruralidade presente numa parcela da região metropolitana, impactando na reprodução social das famílias. Considerando que o Assentamento Municipal de Marapicu, assim como os atores sociais que a territorializam, sofrem com o processo de invisibilidade. Objetiva-se analisar as relações sociais existentes em Marapicu bem como também a luta por reconhecimento e a resistência dos atores sociais diante dos conflitos postos no assentamento. Para tanto, procede-se à discussão sobre os conceitos de identidade, território e reconhecimento para refletir sobre os processos presentes em Marapicu. Observa-se que o processo de urbanização que chega as “porteiras” do assentamento mostra a influência dos poderes políticos e econômicos em “desenhar” essa região segundo seus interesses. O que permite concluir que esse processo tão somente corrobora com a marginalização das famílias das áreas rurais e, nesse contexto, o poder público se ausenta como regulador da urbanização da região.