CPGACS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA (CIÊNCIAS DO SOLO) INSTITUTO DE AGRONOMIA Telefone/Ramal: Não informado

Banca de QUALIFICAÇÃO: JOÃO ANTÔNIO MONTIBELLER FURTADO E SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JOÃO ANTÔNIO MONTIBELLER FURTADO E SILVA
DATA : 05/01/2019
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 24 do PPGA-CS
TÍTULO:

Evolução da Matéria Orgânica, Metais Pesados e Fósforo em Nitossolo Vermelho Distrófico Tratado com Dejeto Líquido de Suínos


PALAVRAS-CHAVES:

Matéria orgânica do solo, Ácidos fúlvicos e húmicos, Metais tóxicos.


PÁGINAS: 130
RESUMO:

O dejeto líquido de suínos aplicado ao solo reduz custos com fertilizantes e riscos de poluição dos corpos hídricos. A suinocultura se concentra em regiões produtoras, onde o dejeto líquido de suínos é o principal resíduo gerado, e sua aplicação influencia as características da matéria orgânica do solo e dinâmica de metais pesados e fósforo. Recentemente, foram relatadas as interferências das características estruturais do dejeto na mobilidade e biodisponibilidade de metais pesados no solo, pela formação de complexos solúveis. Entretanto, muitos questionamentos ainda necessitam de respostas. Assim, a presente tese teve objetivo de avaliar alterações, ao longo do tempo, na estrutura das substâncias húmicas do solo, provocadas por aplicações sistemáticas de dejeto líquido de suínos. Também, o entendimento dos mecanismos de incorporação de estruturas orgânicas às substâncias húmicas e a interação com metais pesados e fósforo. Para isso, foi avaliado um Nitossolo Vermelho distrófico, submetido, durante seis anos (2009 – 2015), a aplicações de doses de dejeto líquido de suínos e cultivado com milho (Zea mays) no verão, simulando silagem, e com o consórcio de aveia preta (Avena strigosa Schreb.) e azevém (Lolium multiflorum Lam.), para cobertura, no inverno. Foram coletadas amostras de solo em 2011, 2014 e 2015, das quais a matéria orgânica foi fracionada quimicamente em ácidos fúlvicos e húmicos e huminas, quantificados e caracterizado por técnicas espectroscópicas (CP MAS 13C-RMN, FTIR e UV-vis), composição elementar (C, H, N, O e S), relações atômicas (C/N, H/C, O/C), teores de metais pesados (Cu, Zn, Pb e Ni) e fósforo. Também foram avaliados os teores pseudototais de metais pesados em seis camadas do solo (0-2,5; 2,5-5; 5-10; 10-20; 20-40, e 40-80 cm) e, na camada superficial (0-20 cm), teores biodisponíveis e formas de fósforo (P- total, P-Melich e P-remanescente). O acúmulo de metais pesados e fósforo nos tecidos vegetais também foram quantificados. Outros materiais também foram amostrados e analisados, como a ração oferecida aos suínos geradores do dejeto utilizado no experimento e o próprio dejeto aplicado nesse período. Todos metais foram encontrados na ração e no dejeto, evidenciando a origem desses elementos. O dejeto apresentou estruturas orgânicas, predominantemente, alifáticas e funcionalizadas, com elevada capacidade de formação de complexos solúveis com os metais pesados. Ao serem adicionadas ao solo, essas estruturas alifáticas foram incorporadas, inicialmente, aos ácidos fúlvicos e, posteriormente, evoluíram para ácidos húmicos. Essas estruturas apresentaram relação com o aumento da mobilidade e biodisponibilidade dos metais e do fósforo no solo por diferentes mecanismos. Ao longo do tempo de aplicação do dejeto, as substâncias húmicas do solo, sobretudo os ácidos fúlvicos, passaram a apresentar estruturas semelhantes às do dejeto, com baixa aromaticidade e abundância de grupamentos funcionais oxigenados. A medida que as estruturas orgânicas, mais alifáticas, foram incorporadas aos ácidos fúlvicos e húmicos, houve um aumento da incorporação de metais às estruturas das frações. Entretanto, o fósforo apresentou uma dinâmica diferente, não se incorporando aos ácidos fúlvicos nem húmicos, mesmo com aumento dos teores totais. Este elemento se manteve em formas lábeis, devido, sobretudo, à redução da fixação no solo.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ADEMIR FONTANA
Interno - 1399485 - ANDRES CALDERIN GARCIA
Interno - 1060711 - MARCOS GERVASIO PEREIRA
Interno - 387263 - NELSON MOURA BRASIL DO AMARAL SOBRINHO
Notícia cadastrada em: 04/01/2019 12:11
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