Solubilização de fontes alternativas de potássio fonolito e verdete em misturas com calcário calcítico e dolomítico e casca de café, calcinadas em diferentes temperaturas
Minerais. Potássio. Rochas. Solubilização. Fonolito e Verdete
O Brasil importa mais de 90% de todo o potássio que consome na agricultua, atualmente a adubação potássica dos solos brasileiros é realizada empregando-se sais soluveis como o cloreto de potássio (KCl). Em virtude da pequena produção nacional cerca de 7,60% do alto consumo aparente, em função dos solos brasileiros serem altemente pobres em potássio, isso demanda um grande consumo desses fertilizantes, fazendo do Brasil um grande importador desses fertilizantes potassicos. Essa situação é agravada pela única mina em operação no Brasil, localizada no Complexo Taquari-Vassouras, em Sergipe, que possui condições de produção somente até 2016 (Brasil 2013).
Porém o Brasil dispões de grandes reservas de rochas silicáticas potássicas de baixa solubilidade, com grande potencial para serem utilizadas na agricultura como fontes alternativas de potássio, entre essas rochas podemos citar o fonolito e o verdete ambas as rochas encontradas no estado de Minas Gerais, sua extração é relativamente barata e o volume prospectado das rochas é alto. Porém é necessário o desenvolvimento de tecnologias de beneficiamento capaz de aumentar a solubilização dessas rochas para suprir a demanda desse nutriente na agricultura. Assim, o objetivo deste trabalho, foi realizar uma caracterização química e mineralógica do fonolito e do verdete e avaliar a eficiência de técnicas e tratamentos na solubilização do potássio contido nas rochas. Para a caracterização das rochas foram utilizadas técnicas de caracterização, com a difratometria de raio-X e analises químicas de alto e baixo poder de extração de potássio. Foram realizados tratamentos térmicos com diferentes formas de calcinação. Após as análises, no geral constatou-se que o fonolito é uma rocha de origem vulcanica, composta principalmente por microclina, ortoclásia, andesina e nefelina, distribuída em todo o mundo e que se apresenta cerca de 9% de K2O. O verdete por sua vez é uma rocha de origem metassedimentar composta de minerais dos grupos das micas, k-feldspatos e quartzo que pode variar entre 6 a 14% de K2O. Sua mineralogia é composta por 37% de glauconita, 24% de quartzo recristalizado, 14% de matriz argilosa marrom clara; 11% de caulinita, 7% de outras micas, como a muscovita, clorita e biotita. Após as rochas seram sobmetidas a calcinação que altera substancialmente a estrutura cristalina dos minerais citados, proporcionando um aumento na disponibilidade do potássio, a
calcinação das rocha acrescida de fundentes com altos teores de cálcio, baixos teores de magnésio com uma matriz organica casca de café e carbonato de potassio a 300°, 600°, 800° e 1000°C, proporcionou aumento na solubilidade de potássio quando comparado com as rochas sem calcinação.