BIOPROSPECÇÃO DE MACROFUNGOS DA CLASSE BASIDIOMYCETES DA FLORESTA MÁRIO XAXIER
Basidiomicetos, macrofungos, comestíveis, unidade de conservação
A produção de cogumelos no Brasil é ainda inexpressiva no cenário mundial, porém tem um grande potencial.
Aproximadamente 25 cogumelos são utilizados na culinária atualmente e um número ainda menor é cultivado.
No Brasil, as espécies consumidas são: Boletus edulis (fungi secchi), Pleurotus ostreatus, Lentinula edodes
(shiitake), Agaricus bisporus (champignon de Paris). Além desses, existem aqueles que são nativos e comestíveis,
mas não são produzidos comercialmente, por exemplo: Auricularia fuscosuccinea, Macrolepiota procera,
Polyporus tenuiculus e Oudemansiella canarii sendo de grande relevância devido que podem ocorrer naturalmente
nas florestas e podem ser uma alternativa para a produção nacional. Uma agroindústria baseada em macrofungos
e seus produtos, precisa que o seu desenvolvimento tecnológico se apóie numa forte base científica, tendo-se em
mente a concepção de uso sustentável e preservação de recursos florestais. As florestas naturais brasileiras
abrigam um enorme potencial para a bioprospecção de fungos basidiomicetos de valor econômico.
Em três fragmentos da Mata Atlântica seria possível identificar, classificar e catalogar a ocorrência de cogumelos
inda sem explorar e que podem ser de grande interesse econômico. Por este motivo, o projeto de pesquisa
visa determinar a ocorrência e identificar as espécies de macrofungos com potencial comestível em três
Unidades de Conservação (UCs) do Bioma Mata Atlântica na Baixada Fluminense – RJ. Além disso se propõe
seu posterior isolamento em condições axênicas, assim como o seu cultivo em substratos aproveitando
resíduos agroindustriais e comparação da Eficiência Biológica. Desta forma, estabelecendo uma metodologia
para sua posterior produção comercial.