CPGACS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA (CIÊNCIAS DO SOLO) INSTITUTO DE AGRONOMIA Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: RODRIGO SOUZA PESSOA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : RODRIGO SOUZA PESSOA
DATA : 31/03/2021
HORA: 14:00
LOCAL: vídeo conferência
TÍTULO:

Fonolito e Verdete calcinadas em diferentes temperaturas como fontes alternativas de K e sua interação com calcário e casca de café


PALAVRAS-CHAVES:

Minerais. Potássio. Rochas. Solubilização. Fonolito. Verdete.


PÁGINAS: 160
RESUMO:

O Brasil importa mais de 90% de todo o potássio que consome na agricultura, atualmente a adubação potássica dos solos brasileiros é realizada empregando-se sais solúveis como o cloreto de potássio. Em virtude da pequena produção nacional cerca de 7,60% do alto consumo aparente, em função dos solos brasileiros serem altamente pobres em potássio, isso demanda um grande consumo desses fertilizantes, fazendo do Brasil um grande importador desses fertilizantes potássicos. Essa situação é agravada pela única mina em operação no Brasil, localizada no Complexo Taquari-Vassouras, em Sergipe com produção em queda registrado pelo Ministério de Minas e Energia, publicado no Boletim do Setor Mineral (2019) dos anos de 2016 (316.4 103 t), 2017 (306,2 103 t) e 2018 (201,2 103 t). Vale mencionar que há expectativa de ampliação da vida útil da mina de mais cinco anos, com a reavaliação das reservas de silvinita e execução dos projetos Carnalita 800.000 t e do Projeto Autazes 1.300.000 t, todos em K2O equivalente, com a execução dos projetos citados a dependência cairia de 95% registrado em 2014 para 60% no ano de 2020, porém devido aos altos custos nenhum projeto foi executado (IBRAM, 2015). Porém o Brasil dispões de grandes reservas de rochas silicáticas potássicas de baixa solubilidade, com potencial para serem utilizadas na agricultura como fontes alternativas de K, entre essas rochas podemos citar o fonolito e o verdete ambas as rochas encontradas no estado de Minas Gerais, sua extração é relativamente barata e o volume prospectado das rochas é alto. Porém, é necessário o desenvolvimento de tecnologias de beneficiamento capaz de aumentar a solubilização dessas rochas para suprir a demanda desse nutriente na agricultura. Assim, o objetivo deste trabalho, foi realizar uma caracterização química e mineralógica do fonolito e do verdete, avaliar a eficiência das técnicas e tratamentos físicos na solubilização do potássio contido nas rochas, avaliar o teor de solubilizado de K das rochas misturadas com duas matrizes inorgânicas calcário calcítico e dolomítico, enriquecer as rochas com K de uma matriz orgânica casca de café e uma matriz inorgânica K2CO3 com objetivo de verificar o comportamento das misturas nas diferentes temperaturas de calcinação. Finalizando os testes de laboratório, avaliar a dinâmica de liberação de K das rochas in natura e calcinadas nas temperaturas de 300, 600, 800 e 1000°C utilizando como extrator água e solução de ácido cítrico 2%. Ao final dos testes em laboratório, avaliar os melhores resultados na liberação do nutriente e aplicar as rochas como fonte de K para as culturas do café aranuã, milho e feijão em casa de vegetação avaliando seu desenvolvimento e a produção de biomassa como testemunha como fonte de K convencional o KCl. Para a caracterização das rochas foram utilizadas técnicas como a difratometria de raio-X e análises químicas de alto e baixo poder de extração de K. Foram realizados tratamentos térmicos com diferentes formas de calcinação. Após as análises, no geral constatou-se que o fonolito é uma rocha de origem vulcânica, composta principalmente por microclina, ortoclásio, andesina e nefelina, distribuída em todo o mundo e que se apresenta cerca de 9% de K2O. O verdete por sua vez é uma rocha de origem metassedimentar composta de minerais dos grupos das micas, k-feldspatos e quartzo que pode variar entre 6 a 14% de K2O. Sua mineralogia é composta por 37% de glauconita, 24% de quartzo recristalizado, 14% de matriz argilosa marrom clara; 11% de caulinita, 7% de outras micas, como a muscovita, clorita e biotita. Após as rochas serem submetidas a calcinação que altera substancialmente a estrutura cristalina dos minerais citados, proporcionando um aumento na disponibilidade do K, a calcinação das rocha acrescida de fundentes com altos teores de cálcio, baixos teores de magnésio com uma matriz orgânica casca de café e K2CO3 a 300, 600, 800 e 1000°C, proporcionou aumento na solubilidade de potássio quando comparado com as rochas in natura com destaque para a temperatura de 600°C para ambas as rochas em todos os tratamentos. No geral para as três culturas avaliadas, a produção de biomassa seca da parte aérea tendo como fonte de K as rochas se mostraram satisfatórias em comparação com as testemunhas com exceção no tratamento das rochas misturadas com calcário dolomítico nas temperaturas mais elevadas de calcinação avaliadas neste estudo, fato que foi verificado em todas as culturas para ambas as rochas. Toda via, no geral o tratamento que obteve a maior produção de biomassa foi verificado na mistura das rochas com a casca de café no tratamento com a temperatura de 600°C. As temperaturas de calcinação tiveram influência no tanto no desenvolvimento das plantas quanto no teor e quantidade de K acumulada para as três culturas avaliadas.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - DOUGLAS RAMOS GUELFI SILVA - UFLA
Externo à Instituição - BRUNO DA SILVA MORETTI - UFLA
Presidente - 2213075 - EVERALDO ZONTA
Externo à Instituição - JOSE CARLOS POLIDORO - EMBRAPA
Externa à Instituição - TALITA DE SANTANA MATOS - UFRRJ
Notícia cadastrada em: 18/03/2021 16:38
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