Banca de DEFESA: MARIO NEY RODRIGUES SALVADOR

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIO NEY RODRIGUES SALVADOR
DATA : 16/10/2020
HORA: 09:30
LOCAL: Banca remota por meio de skype (ou outro meio)
TÍTULO:

Urbanização e Formas de Resistência Indígena na Cidade de Campo Grande-MS: industrialização, relações de trabalho e territorialização étnica.


PALAVRAS-CHAVES:

Territorialização, industrialização, resistência.


PÁGINAS: 200
RESUMO:

Esta tese é um estudo dos indígenas no contexto urbano de Campo Grande, capital do estado de Mato Grosso do Sul. O objetivo é analisar a relação entre a urbanização/proletarização indígena e a formação das aldeias urbanas, entendido aqui como expressões de um processo de territorialização étnica da cidade, ou seja, de ocupação dos diversos espaços da cidade pelos indígenas. Nas décadas finais do século XX, Campo Grande testemunhou um crescimento significativo da sua população indígena, que foi em busca de trabalho e moradia na cidade. Nesse contexto, a industrialização da capital do estado de Mato Grosso do Sul, impulsionado pela Lei do PRODES (Lei Complementar nº 29, de 25 de outubro de 1999, instituiu o Programa de Incentivos para o Desenvolvimento Econômico e Social de Campo Grande que resultou na criação dos Polos Empresariais e na revitalização do Núcleo Industrial e do Anel Rodoviário), foi ao encontro da demanda indígena, criando postos de trabalho e oportunidades de emprego. Contudo, a inserção precária e marginal nas periferias da cidade, e principalmente a falta de moradias, levaram os indígenas a organizarem-se e a fazer “ocupações” de áreas urbanas, consolidando, assim, os “acampamentos”. A reivindicação de melhores condições de vida para a permanência na cidade junto a poder público resultaram na formação das “aldeias urbanas”, sendo a primeira inaugurada em 1999 e outras três na década seguinte. A partir desse movimento, considerado aqui como um “despertar étnico”, houve um processo de “etnicização” dos espaços urbanos, ou seja, a presença indígena nos espaços político, econômico, social, cultural e simbólico, que se traduzem em mudanças no equilíbrio das relações de poder.

A industrialização, notória a partir da Lei do PRODES, insere-se na dinâmica nacional e internacional de expansão do capitalismo. A expansão do capitalismo e suas diversas formas de dominação e exploração, aliados ao poder do Estado, produzem relações ambíguas, antagônicas, complementares, etc.não deixa de apresentar as múltiplas facetas. As relações de trabalho e a formação das aldeias urbanas contribuíram, assim, para a consolidação da territorialização étnica. 



MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1489081 - ANDREY CORDEIRO FERREIRA
Interno - 1063179 - SERGIO PEREIRA LEITE
Externa ao Programa - 1210219 - IZABEL MISSAGIA DE MATTOS
Externo à Instituição - LUIZ HENRIQUE ELOY AMADO
Externo à Instituição - TONICO BENITES - UFRR
Notícia cadastrada em: 24/09/2020 18:12
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