MODELAGEM ECOFISIOLÓGICA DE INCÊNDIOS E SUA RELAÇÃO COM O ESTOQUE DE CARBONO NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, BRASIL
modelos de incêndios, ecofisiologia, sensoriamento remoto, mudança climática.
É amplamente conhecido que a percepção humana vem mudando em relação à noção da disponibilidade e distribuição dos recursos naturais e que estes são uma fonte não renovável. Somadas as intervenções antropogênicas com os usos e ocupações de solo nestas regiões, configuram-se modificações na dinâmica hídrica e alterações consideráveis na paisagem. Estudos sobre a produtividade primária bruta e clima são importantes para a melhor compreensão dos impactos sobre a biodiversidade da região e suas funções ecológicas, como o estoque de carbono. É importante, ainda, para auxiliar estudos a respeito do potencial de regeneração das florestas em vista dos incêndios cada vez mais recorrentes que acontecem no estado do Rio de Janeiro. Além disso, um planejamento eficaz de controle e combate de incêndios depende desse tipo de informação. Dessa forma, o estudo é importante ao subsidiar informações à sociedade e aos órgãos responsáveis ajudando assim na manutenção das florestas em longo prazo. Espera-se com o presente trabalho propor um modelo ecofisiológico que possa ser utilizado no bioma Mata Atlântica, servindo de projeção para cenários futuros com base no clima e processos antrópicos. O desafio consiste exatamente em criar ferramentas que possam ser desenvolvidas para implementações políticas, estratégias e medidas de gerenciamento de risco que sejam capazes de lidar com as particularidades regionais de cada região hidrográfica dentro do território brasileiro. Almeja-se ainda que os dados gerados no estudo forneçam informações sobre o estoque de carbono relacionado às diferentes fitofisionomias do bioma mata atlântica, podendo identificar áreas prioritárias para conservação ambiental e ajudando a valorar os fragmentos originais do bioma que ainda existem nas unidades de conservação.