Dinâmica de plantas espontâneas sob técnicas de manejo de plantas daninhas na restauração florestal
Palavras chave: reflorestamento, métodos de controle, fitossociologia.
A fragmentação dos ecossistemas naturais é uma das principais consequências dos impactos antrópicos provocados pela busca de áreas para o desenvolvimento da agricultura e pecuária, ocasionando perdas significativas de biodiversidade. Dentro deste cenário, encontra-se a Mata Atlântica, um dos biomas mais importantes para a conservação da biodiversidade do mundo por apresentar alta riqueza e elevado número de espécies endêmicas. O que torna os projetos de restauração florestal imprescindíveis para amenizar as perdas e fragmentação de habitats. Uma das etapas mais críticas e onerosas dos projetos de restauração florestal é com o controle de espécies infestantes, sendo fundamental o conhecimento prévio das espécies infestantes presente na área, já que estas podem apresentar tolerância e resistência a herbicidas, alto grau de rebrotas, hábito de crescimento e ciclo de vida distintos. A dinâmica de plantas espontâneas abrange os processos envolvendo a biologia das espécies como o ciclo de vida e seus processos de interação com as espécies cultivadas, através da competição por recursos como a água, nutrientes, espaço e luz, necessários para o crescimento e desenvolvimento das plantas. Os estudos de comunidades infestantes são fundamentais para os programas de manejo de plantas infestantes já que a vegetação é fortemente influenciada pelos tratos culturais impostos. Dessa forma, é fundamental fazer o reconhecimento das espécies, para promover métodos de manejo mais adequados, considerando os custos financeiros e ambientais envolvidos. Para compreender a dinâmica das populações infestantes é importante analisar a fitossociologia da comunidade, os índices fitossociológicos permitem conhecer quais as plantas espontâneas ou daninhas mais importantes dentro da comunidade infestante, e a partir delas é possível definir o que será feito, como e quando, uma vez que as condições de infestação são heterogêneas, existindo diversos métodos de manejo.