Análise da evolução do gene msp1α de Anaplasma marginale em bezerros e carrapatos e Propagação e caracterização de um isolado de Anaplasma marginale de Portugal em células IDE8
Diversity of the Anaplasma marginale msp1α gene and isolation and propagation of a novel genotype of Anaplasma sp. in IDE8 cells.
Palavras chaves: Evolução, Rhipicephalus microplus, IDE8, msp1α.
Este trabalho é composto de dois capítulos: O primeiro capítulo visou a avaliação da diversidade das sequências repetidas da proteína MSP1a de A. marginale em bovinos experimentalmente infectados e em R. microplus durante o período de 1 ano e realizou-se o reisolamento da estirpe AmRio 1 de A. marginale a partir de leucócitos. O segundo capítulo objetivou o isolamento, propagação e caracterização de uma estirpe de A. marginale de Portugal em células IDE8. Para a avaliação da diversidade de A. marginale, os bovinos foram infestados com larvas de R. microplus e posteriormente as estirpes AmRio 1 e AmRio 2 mantidas em cultivo celular foram inoculadas respectivamente no bovino 1 e no bovino 2. Posteriormente amostras de sangue foram colhidas durante 1 ano para realização de esfregaços, hematócrito, proteínas plasmáticas e a realização de seminested PCR para os genes msp5 e msp1α. A partir de amostras de sangue também foram realizados isolamentos de A. marginale a partir de leucócitos. Carrapatos foram colhidos durante todo o período de estudo e suas glândulas salivares, intestinos e saliva foram submetidos à seminested PCR para o gene msp5 e msp1α. Ambos os animais apresentaram estabilidade dos parâmetros avaliados e ausência de sinais clínicos, revelando uma persistência da infecção. Inclusões foram observadas em leucócitos em um esfregaço do animal 1, e foi realizado reisolamento de A. marginale nas quatro tentativas utilizando-se leucócitos para o inóculo. O animal 1 se tornou positivo para o gene msp5 a partir do dia 12 após a infecção, enquanto o animal 2 não se tornou positivo para a cepa inoculada durante todo o período de estudo analisado. As repetições em tandem avaliadas revelaram positividade para a estirpe AmRio 1 no animal 1. De 58 amostras de órgãos de carrapatos, 6 foram positivas para o gene msp5 no animal 1. No animal 2, de 20 amostras analisadas, 4 foram positivas para o gene msp5. No segundo capítulo utilizou-se eritrócitos de um bovino naturalmente infectado da região do Alentejo, Portugal, para a realização do isolamento de uma estirpe de A. marginale em células IDE8. O animal doador do inóculo foi considerado persistentemente infectado com 0,25% de rickettsemia. Observou-se inclusões características da infecção trinta e cinco dias após a inoculação em células IDE8.