Banca de QUALIFICAÇÃO: JOSÉ PAULO DO CARMO SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JOSÉ PAULO DO CARMO SILVA
DATA : 26/09/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 34 do ICBS
TÍTULO:

O uso de morfometria e microquímica de otólitos saggitae e de marcadores genéticos como ferramentas para investigar a conectividade populacional de Mugil liza (Valenciennes,1836) no sudeste do Brasil


PALAVRAS-CHAVES:

Conectividade; recursos pesqueiros; otólitos; marcadores moleculares; zonas costeiras


PÁGINAS: 75
RESUMO:

O estudo visa investigar a conectividade de um importante recuros pesqueiro da costa
do Sudeste do Brasil (tainha, Mugil liza) entre sistemas costeiros semifechados e a zona
costeira adjacene, visando fornecer subsídios para preservação e uso sustentado. Três
abordagens são utilizadas visando alcançar este objetico, e que correspondem aos três
capítulos da Tese: 1. Morfometria de otólitos sagittae; 2. Microquimica de otólitos
sagittae; 3) marcadores genéticos. Os peixes foram coletados ao longo de cerca de 612
km de extensão, abrangendo a costa dos estados do Rio de Jneiro e São Paulo, nos
seguintes sistemas semifechados e em suas respectivas zonas costeiras adjacente
(Laguna de Saquaremma, Laguna de Maricá e Estuário de Santos/Guarujá), nas baias da
Guanabara, Sepetiba, Ilha Grande, e nas proximidades das localidades de Caraguatatuba
e Ilha Bela. Buscou-se, através das três abordagens investigar a existência de diferentes
grupos populacionais ao longo da área de estudos, a conectividade populacional entre os
sistemas e os estoques/populações e a existência de diferentes padrões de movimentação
dos indivíudos dentro dos diferentes sistemas (lagunas, baias e estuários). No primeiro
capítulo testamos a existência de diferentes estoques populacionais de tainhas ao longo
da costa dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Partindo da premissa de que os
diferentes morfotipos e/ou variações na forma dos otólitos podem representar diferentes
populações/estoques, testamos a hipótese de que exista mais de um estoque/população
de Mugil liza ao longo da área de estudos. Para isso utilizamos descritores elípticos de
Fourier e índices de morfométricos para identificar variações na forma dos otólitos ao
longo da área de estudo. Um padrão geográfico de separação, sugerindo a existência
pelo menos dois estoques/populações ao longo da área de estudos foi detectado, tendo
sido revelado a presença de três morfotipos de otólitos que não apresentaram um padrão
clinal de distribuição, sugerindo a área de estudos como uma área de transição para
diferentes estoques/populações de M. liza. No segundo capítulo foram estudados os
padrões de movimentos e de uso dos sistemas semifechados e da zona costeira aberta.
Partindo da premissa de que as tainhas utilizam sistemas estuarinos durante a fase
inicial do seu ciclo de vida e migram para a plataforma quando adultos, compondo o
estoque migrador/desovante da espécie. Testamos a hipótese de que exista uma
diferenciação individual de uso, onde alguns indivíduos retornam para o ambiente
estuarino após a desova e alguns indivíduos não precisam sair sistemas estuarinos para

completar seu ciclo de vida. Para isso foram avaliados os perfis elementares de
estrôncio e bário das tainhas capturadas no interior dos principais sistemas estuarinos e
respectivos locais da zona costeira. De todo eixo núcleo-borda somente o Sr foi
diferente entre locais, com Magé tendo maior concentração do que os demais locais. O
mesmo ocorreu para a borda dos otólitos, mas para o núcleo o Sr/Ca foi maior na Ilha
Grande, seguido por Magé, Baía de Sepetiba e Guarujá. Já o Ba não foi diferente no
eixo núcleo-borda, nem na borda dos otólitos, porém, no núcleo houve uma diferença
com maiores concentrações na Lagoa de Maricá do que em Itaipu, Guarujá Fora e Ilha
Bela Fora. Uma classificação aceitável foi encontrada somente para os locais de
Saquarema (54%), Magé (50%) e Maricá (66,6%), enquanto os demais (Baía de
Sepetiba, Guarujá e Caraguatatuba) ficaram abaixo de 50%. No terceiro capítulo
testamos a existência de diferentes estoques populacionais de tainhas ao longo da costa
dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Partindo da premissa de que a distancia
geográfica entre os pontos extremos analisados possa representar em partes uma
barreira para a dispersão de genes da espécie. Dessa forma, testamos a hipótese de que
exista mais de um estoque/população de Mugil liza ao longo da área de estudos. Foi
realizada a extração de DNA de134indivíduos. A reação de amplificação (PCR) dos 09
primers selecionados ocorreu com sucesso para todas as amostras. A genotipagem das
amostras já foi realizada e atualmente a saída de dados da genotipagem está sendo
planilhada para sequência nas analises dos dados.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALBERT LUIZ SUHETT
Interno - 387200 - FRANCISCO GERSON ARAUJO
Interno - 3138877 - RICARDO UTSUNOMIA
Externo à Instituição - TAYNARA PONTES FRANCO
Notícia cadastrada em: 20/09/2019 10:54
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