O PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS ALUNOS NO CURSO TÉCNICO INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO EM AGROPECUÁRIA – CAMPUS ITAPINA/IFES, ANTE A FUNÇÃO SOCIAL DO ENSINO TÉCNICO NO BRASIL.
perfil socioeconômico; ensino técnico; função social.
Com o passar dos anos, verificamos em nossa Instituição uma mudança no perfil do aluno ingressante. As Escolas Técnicas Públicas Federais possuíam uma característica semelhante em seu corpo discente. Eram, em sua grande maioria, compostas por jovens com o objetivo de uma colocação no mercado de trabalho, através de uma Instituição que, em muitos os casos, lhe abririam portas e oportunidades de trabalho e sociais, além de uma qualificação profissional e conhecimento. A partir do século XXI verifica-se uma mudança no perfil do aluno ingressante. Se antes víamos nos discentes a busca por uma qualificação profissional, hoje, a princípio, observamos o ingresso objetivando exclusivamente acesso à Educação Superior, por tratar-se de Escolas de reconhecida qualidade, conforme resultados obtidos nos últimos Exames do Ensino Médio (ENEM).Com isso, observa-se que os Institutos passaram a servir como “trampolim” para o ingresso na Educação Superior. E, consequentemente, passou a ser melhor visto pelas classes sociais mais abastadas, que antes procuravam apenas as instituições Privadas de Ensino, tirando, assim, a oportunidade de ingresso, em uma educação de qualidade, a aqueles que realmente necessitam de seus cursos técnicos como oportunidade de mudança social e econômica. Atendendo não mais ao fim social a que foram criadas.Para mostrar essa mudança no perfil do aluno ingressante, no Instituto Federal do Espírito Santo, utilizaremos como base o questionário sócio/econômico preenchido pelos alunos no momento de realização da matrícula, junto a Instituição. Tendo os alunos do curso de Agropecuária, do Campus de Itapina, que se localiza no interior do Município de Colatina, no Estado do Espírito Santo, como Escopo a nossa pesquisa.