A PSICOMOTRICIDADE NA EQUOTERAPIA: O BRINCAR NA ESCOLARIZAÇÃO DA CRIANÇA COM O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
Autismo, Educação Psicomotora, Equoterapia Educacional, Inclusão Escolar, Psicomotricidade Relacional.
A inclusão educacional proporciona a promoção, a continuidade e o êxito da escolarização para todos. Essa escolarização inclusiva concerne à escola gerar práticas pedagógicas que podem deliberar processos de ensino/aprendizagem para estudantes com deficiências e/ou necessidades educacionais, incluídos os déficits de comunicação, nos aspectos sociais e comportamentais, com características restritas e estereotipias contíguas no que diz respeito aos estudantes com Transtornos do Espectro Autista (TEA). Este estudo teve como objetivo investigar, compreender e descrever o desenvolvimento da escolarização de um estudante com TEA, no ensino regular, a partir da Psicomotricidade via Equoterapia Educacional. Para tanto, o método utilizado foi um estudo de caso, de modo longitudinal, obtido por meio de uma abordagem qualitativa. A análise de dados foi feita a partir de uma observação sistemática, com relatórios, arquivos escolares, laudos clínicos, apontamentos em diários de campo, recursos audiovisuais e entrevistas com a família e os agentes educacionais. Essa intervenção granjeou ações pedagógicas que cooperaram para o movimento de simbolização do praticante autista, na escola municipal CAIC Paulo Dacorso Filho, localizado em Seropédica/RJ. A descrição e análise das narrativas corpóreas do sujeito em foco observadas em campo foram elucidadas pelos pressupostos da Educação Psicomotora de Le Boulch, Fonseca, Aucouturier, Lapierre e colaboradores, principalmente, nas ações estabelecidas sobre a função do outro na apropriação da cultura escolar do discente com autismo. Os dados comportaram a apreensão de que as estratégias equoterápicas para o desenvolvimento do praticante na escola foram inclusivas e as ações psicomotoras organizadas para que o mesmo se apropriasse da cultura escolar tornaram-se relevantes para sua permanência na escola. Com isso, o universo escolar se insere no mesmo e contextualiza a mediação educacional que realizou atividades lúdicas relacionais para promoção dos elementos psicomotores, linguagem e socialização. Assim foi possível constatar, a partir da prática equoterápica no cenário escolar, as desconstruções das barreiras excludentes, sobretudo relacionadas à escolarização, que incitam o sucesso da aprendizagem do estudante autista.