ETNOGRAFIA AMBIENTAL DOS EDUCANDOS E PESCADORES DO LAGO DO PIRANHA/AM
etnografia ambiental; lago do piranha; pescadores; educação ambiental
O entendimento de como os indivíduos, em comunidades humanas procuram, obtém e escolhem os alimentos, incluindo o tipo de tecnologia associado ao ambiente ocupado, é fundamental para a compreensão dos valores culturais e relações sociais. O caboclo-ribeirinho se apropria da água, porque para ele é um recurso primário de subsistência, assim como ocorre com a terra, mas isso tudo faz surgir conflitos que podem se agravar no momento em que os lagos começam a ser invadidos por pescadores profissionais, afetando assim as áreas consagradas (lagos, igarapés e rios) como espaço vital que guarda recursos primários de subsistência das populações ribeirinhas. A etnografia ambiental, selecionada por nós, busca estudar comportamentos humanos específicos com o objetivo de entender problemas ambientais pontuais, discutindo as implicações metodológicas, e, portanto, epistemológicas, decorrentes da forma como a pesquisa é desenhada. Temos como objetivo retratar a relação dos pescadores artesanais e o manejo de pesca, especificamente o manejo do jacaré, enfatizando a relação de uso do recurso e a dinâmica do ambiente diretamente influenciado pela ação humana, com envolvimento das comunidades nas atividades de manejo e sustentabilidade ambiental. A pesquisa com os comunitários dos dois grupos (pescadores e discentes) nos mostrará os olhares sob a ótica ambiental vivida, percebida e evidenciada dos atores que compõe a dinâmica de conservação, consumo e renda, onde fatores internos e externos podem apontar problemáticas, conflitos e soluções para resguardar o ambiente de uso comum a todos.