VIVÊNCIAS DE INFÂNCIAS: A OBRIGATORIEDADE DA PRÉ-ESCOLA NO MUNICÍPIO DE ITAGUAÍ
Palavras-chave: Políticas educacionais. Infância. Poesia. Manoel de Barros.
A Política Nacional de Universalização da Pré-Escola- Lei 12.796/13, emergiu no cenário acadêmico brasileiro a necessidade de investigar como os municípios estão se organizando para atender as crianças a partir dos quatro anos de idade nas turmas de pré-escola. É a partir dessa legislação que pretendemos nesse estudo identificar como tem sido compreendido o trabalho pedagógico com as crianças no município de Itaguaí e como ele atua na vivência de infância dessas crianças. Caminhando no sentido de buscar o rigor do método da pesquisa encontramos na poesia crianceira de Manoel de Barros um caminho para entrecruzar poesia, infância e política. Além da contribuição poética de Barros, a pesquisa também utiliza o conceito de vivência de Vigotski, traduzido por Prestes (2010) e os estudos da geografia da infância de Lopes (2013). O texto está subdivido em três capítulos. No primeiro tratamos da justificativa metodológica pela escolha da poética de Manoel de Barros para discutir política para a infância; no segundo capítulo apresentamos um breve panorama histórico-político da Educação Infantil no Brasil, demarcando o contexto que torna obrigatório a pré-escola. Além disso, também exibimos os efeitos de como a política nacional de universalização da pré-escola tem se traduzido na prática cotidiana de alguns municípios a partir de uma revisão de literatura no banco de dados da ANPEd, CAPES e SciELO e por fim, no terceiro capítulo fazemos um pequeno esboço da pesquisa de campo, até este momento, trazendo alguns dados estatísticos da pré-escola no município estudado.