A finança capitalista e o agronegócio: uma análise da estratégia de
acumulação da Cosan S.A.
Agronegócio brasileiro. Cosan. Finança capitalista. Patronato Rural.
A dissertação tem o objetivo central de deslindar a estratégia de acumulação da empresa Cosan
S.A., entre 2007 e 2016. A corporação desenvolveu seu processo de expansão impulsionada pelos
capitais provenientes da Bolsa de Valores, dos empréstimos e financiamentos nacionais e
internacionais e pela parceria com o capital multinacional. Em relação a este último fator, é
válido destacar a criação da subsidiária Raízen, firmada em joint venture com a petrolífera anglo-
holandesa Shell, que alavancou os negócios da companhia, fazendo-a figurar no rol dos 200
maiores grupos econômicos do país. O capítulo inicial deste estudo, realça os pressupostos
teóricos que o embasarão, explanando as perspectivas de cunho marxista acerca do Estado e das
finanças capitalistas. O capítulo subsequente expõe de forma geral algumas das abordagens
teórico-interpretativas acerca das classes dominantes brasileiras nas ciências sociais, de modo a
confrontá-las, na conclusão, com os resultados do estudo de caso efetuado. Por fim, o último
capítulo explicita a estruturação do agronegócio, desde o período da modernização conservadora
(1965) até o século XXI para, na próxima etapa, efetuar a análise da estratégia de acumulação da
Cosan. A partir da análise dos relatórios e demonstrações anuais da Cosan, visa-se corroborar a
hipótese de que as finanças, o capital multinacional e os recursos estatais foram elementos vitais
no desenvolvimento da corporação no período aqui escrutinado.