Banca de DEFESA: DANIEL MOTA VIEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DANIEL MOTA VIEIRA
DATA : 18/12/2020
HORA: 10:00
LOCAL: https://meet.google.com/dui-kfoq-vdh
TÍTULO:

O racionalismo crítico de Karl Popper: um elo entre racionalidade epistemológica e racionalidade política


PALAVRAS-CHAVES:

Karl Popper, Epistemologia, Filosofia Política.


PÁGINAS: 91
RESUMO:

A aceitação do realismo metafísico configura-se como o principal pilar do projeto epistemológico do filósofo Karl Popper (1902-1994). Apoiado na rejeição da concepção justificacionista do progresso do conhecimento, Popper vê a crítica intersubjetiva de hipóteses ou conjecturas como a adequada via da evolução do saber científico. A partir disso, tendo em vista a constatação lógico-epistemológica do poder decisivo da evidência negativa quanto a se pronunciar sobre a universalidade nômica, mostramos que a visão de mundo liberal, tal como abraçada por Popper em A sociedade aberta e seus inimigos, é aquela capaz de dar à crítica uma relevância positiva na averiguação de seus projetos, dado que não aprendemos por alcançar a Verdade ou a certeza absoluta, mas pela constante aplicação do método de ensaio e erro. Estando atentos à nossa incapacidade de acumular todo o conhecimento disperso entre variegadas mentes, além da fragilidade do indutivismo, vemos que não podemos ostentar postulações de conhecimento que se assenhorem do todo da realidade, e veremos que as teorias historicistas, isto é, apoiadas na aceitação de um inexorável destino histórico, e as utopistas mostram-se incompatíveis com a epistemologia negativista abraçada pelo filósofo austríaco e por ele estendida à análise sócio-política. Concluiremos com uma breve análise de críticas desenvolvidas por comentadores, destacando-se Anthony Quinton (1925-2010), que, observando os comentários de Popper acerca das filosofias de Platão, Hegel e Marx, dados como principais inimigos da sociedade aberta, duvida de uma forte conexão entre historicismo e totalitarismo e considera que nenhum desses três pensadores foi totalitário. Platão e Hegel seriam, no máximo, apregoadores de um projeto autoritário de poder. Nos mesmos moldes, veremos as principais diretrizes da crítica de Burleigh Taylor Wilkins (1932-2015) ao anti-historicismo popperiano, dentro da indagação acerca de um possível significado da história, em seu célebre livro Has History Any Meaning? A Critique of Popper’s Philosophy of History (1978).


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2920587 - WALTER VALDEVINO OLIVEIRA SILVA
Externo à Instituição - LUCIANO CALDAS CAMERINO - UFJF
Externo à Instituição - ALBERTO OLIVA - UFRJ
Notícia cadastrada em: 30/11/2020 18:16
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