MÚSICA E LUGAR DE MEMÓRIA: REGISTROS DE MEMÓRIAS DO BAIRRO DA LAPA, NO RIO DE JANEIRO, EM CANÇÕES
Música; Memória; Cultura; Patrimônio; Lugar de Memória; Lapa-RJ
Música inspira e provoca sensações, proporciona reflexões, articulando-se em diferentes contextos. Importante elemento para a construção da cultura de um grupo ou lugar, propicia a formação de referências e representações culturais de tal grupo ou lugar, sendo, também, um meio de registro de suas memórias. Nesse sentido, propomos aqui analisar letras de canções sobre a Lapa no Rio de Janeiro, a fim de identificar algumas das memórias do bairro, aspectos culturais e compreender a relação da música com a cultura, a memória e o “lugar de memória”. As canções analisadas foram “Lapa em três tempos”, samba-enredo da Portela, do ano de 1971; “A Lapa”, composta por Benedito Lacerda e Herivelto Martins, em 1950; “Lapa na década de 30” de Moreira da Silva, composta em 1977; “Eu vou pra Lapa”, interpretada por Alcione; “Flor da Lapa”, de Wilson Batista e Cesar Brasil, em 1950; e, “Beijo Sem”, composta por Adriana Calcanhotto, em 2009. Desse modo, tomamos como objetivo geral, discutir sobre a música, enquanto um elemento capaz de evocar memórias e, também, de valorizar e criar lugares de memória. Para tal, usamos como metodologia, o levantamento bibliográfico, os métodos de análise de conteúdo e textual. Como resultado, percebemos que as letras podem evocar memórias, exaltar características do bairro da Lapa, e também, compreender a importância de aparatos, como a música, que possibilita a conservação, a valorização e a continuidade de uma cultura.