Banca de QUALIFICAÇÃO: JOSEANE MARIA PEREIRA DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JOSEANE MARIA PEREIRA DA SILVA
DATA : 25/09/2019
HORA: 13:00
LOCAL: Instituto Multidisciplinar
TÍTULO:

RECONHECENDO ESPAÇOS DO PATRIMÔNIO CULTURAL: AS RELAÇÕES DOS REFERENCIAIS/BENS CULTURAIS NA SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL NO DISPOSITIVO CAPS, NOVA IGUAÇU-RJ.

PALAVRAS-CHAVES:

Patrimônio cultural. Saúde mental. Atenção psicossocial. Referenciais e Bens culturais.

PÁGINAS: 41
RESUMO:

O presente trabalho será a materialização do estudo que discutirá as experiências e práticas artístico-culturais das
oficinas terapêuticas do Centro de Atenção Psicossocial, CAPS I - Nova Iguaçu, compreendendo que além do
efeito terapêutico, há de se reconhecer que nesse espaço circulam ressignificações dos referenciais/bens culturais
do patrimônio cultural da humanidade. Esse estudo terá como ferramenta de apoio a observação de fenômenos
que envolvem a re/construção do sujeito em sua individualidade e coletividade através das manifestações
culturais, simbólicas, artísticas e comportamentais das oficinas terapêuticas do serviço CAPS. O que se procura
discutir nesta dissertação, não é somente evidenciar as práticas artístico-culturais que acontecem nas oficinas
terapêuticas do CAPS e seus usuários, mas buscar diálogos que corroboram com a perspectiva de que o
patrimônio cultural está presente nessas expressões que acontecem em paralelo ao tratamento na saúde mental e
atenção psicossocial. A ideia de patrimônio coletivo começa adquirir sentido com a Revolução Francesa no
século XVIII. A palavra patrimônio significa pai e se origina do latim pater. Comumente, patrimônio nos remete
a ideia de transferência do que o pai deixa para seu filho. E entendemos que patrimônio é algo que se deixa, se
referindo a riquezas, bens de uma pessoa para a outra, de uma família ou de uma empresa. Elenca-se também
que o patrimônio cultural e seus referenciais também envolvem disputas de poder, pois também é fruto de uma
escolha de políticas públicas, tendo a participação do Estado por expedição de leis, instituições e órgãos gestores
do tema que promovem políticas específicas. Essa escolha, leva em conta também o que o povo considera ser
importante e representativo para suas identidades, sua história, sua cultura. São valores, significados e símbolos
atribuídos pelas pessoas e grupos sociais a lugares, objetos, práticas culturais que trazem reconhecimento e os
torna patrimônio de uma coletividade. Objetivando ponderar as relações do patrimônio cultural e seus diversos
contextos de práticas políticas e sociais no ambiente da saúde mental, este trabalho também terá o intuito de
contextualizar o acesso à cultura (através dos bens e referenciais culturais nas oficinas terapêuticas e seus
reflexos na saúde mental) com a relação de afinidade identitária e memória social em ocorrência durante o
tratamento dos enfermos mentais que acontecem nas oficinas terapêuticas de cunho cultural e artístico na
instituição CAPS I – Nova Iguaçu. Para isto, a autora procurara formular e aplicar um questionário e uma
entrevista semiestruturada como ferramenta de investigação com os usuários, familiares e funcionários do CAPS
I – Nova Iguaçu, RJ. Partindo das concepções supracitadas, iremos transpor esta pesquisa voltada para a
discussão e pertinência de que as oficinas terapêuticas do CAPS e suas atividades artístico-culturais soma mais
um espaço protagonizado pelo patrimônio cultural.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1715558 - ALEXANDRE LAZZARI
Externo à Instituição - SONIA AMBROZINO DA SILVA - UES
Externo à Instituição - ANA PAULA FREITAS GULJOR - FIOCRUZ